Do ‘Estou Velho(a) Demais para Isso’ à Posse: Como Superei a Barreira da Idade e Provei que Nunca é Tarde para Ser Servidor 🎯

Sabe aquela vozinha chata que ecoa na mente, especialmente quando olhamos para trás e vemos uma boa parte da estrada da vida já percorrida? Aquela que sussurra (ou às vezes grita!) coisas como: “Você já passou da idade para começar isso”, “Concurso é para gente nova, com a memória fresca”, “Seu tempo de aprender já foi”, “Como vou competir com essa garotada cheia de gás?”. Se essa voz te assombra quando você pensa em estudar para concursos públicos, saiba que você não está sozinho(a). Eu também a ouvi. Alto e claro. E por muito tempo, ela quase me paralisou. 😥
Eu me via no espelho e, embora a paixão pelo serviço público e o sonho de uma carreira estável e com propósito queimassem em mim, o número na minha certidão de nascimento parecia um obstáculo intransponível. Via jovens de vinte e poucos anos mergulhados nos livros, com uma energia que eu achava que já não possuía, e pensava: “Estou velho(a) demais para isso”. Mas hoje, com meu termo de posse em mãos, posso te dizer com toda a convicção do mundo: essa barreira da idade é, em grande parte, uma construção da nossa mente e da sociedade, e ela PODE e DEVE ser superada! 💪
Este não é apenas um artigo; é um relato da minha jornada, das minhas lutas internas e externas, e das estratégias que usei para transformar o “velho(a) demais” em “experiente e mais determinado(a) do que nunca”. Se você se sente desencorajado(a) pela idade, quero te mostrar que nunca é tarde para correr atrás dos seus sonhos e que sua maturidade pode ser seu maior trunfo. Vamos juntos desconstruir esse mito?
O Chamado (e a Sombra da Dúvida Etária) 😟
A decisão de estudar para concursos não surgiu do nada. Veio de um desejo profundo de mudança, de estabilidade, de contribuir de forma mais significativa. Mas, assim que a empolgação inicial deu lugar ao planejamento prático, a sombra da idade se projetou sobre meus sonhos.
- O Peso dos Anos nas Costas (ou na Mente?): A sociedade, muitas vezes, nos impõe prazos invisíveis. Parece que há uma “idade certa” para começar uma faculdade, uma “idade certa” para se estabelecer na carreira, uma “idade certa” para… tudo! E quando você se vê “fora” dessa curva imaginária, a autocobrança e a dúvida são cruéis.
- A Comparação Inevitável (e Injusta): Olhava para os cursinhos (presenciais ou online) e via uma maioria de jovens. A memória deles, supunha eu, era mais afiada. Tinham menos responsabilidades, mais tempo livre, mais “pique”. Como competir?
- O Medo do “E Se…”: “E se eu estudar por anos e não passar?”, “E se eu estiver fazendo papel de ridículo(a)?”, “E se eu estiver muito enferrujado(a) para aprender tanto conteúdo novo?”. Esses “e se” eram verdadeiros sabotadores.
Lembro-me de ler mensagens como a que o William Douglas compartilhou, de um rapaz de 32 anos se sentindo no fim da linha. Eu, com [coloque aqui uma idade figurativa ou real que se encaixe na sua narrativa, ex: 38, 42, 45+], me identificava com aquela angústia, mesmo sabendo, racionalmente, que ele era jovem! É que a sensação de “estar velho(a)” é muito mais sobre percepção e crenças limitantes do que sobre a idade cronológica em si.
Os Desafios da Maturidade na Jornada Concurseira (Reais e Imaginários) ⛰️
Não vou dourar a pílula: estudar depois de uma certa idade traz, sim, desafios específicos. Mas muitos deles são amplificados pela nossa própria mente ou por percepções externas.
Desafios Internos (Nossa Luta Particular):
- Crenças Limitantes Arraigadas: “Burro velho não aprende língua nova”, “Meu cérebro não é mais uma esponja”, “Já não tenho a mesma capacidade de concentração”. Essas frases, internalizadas ao longo da vida, viram verdadeiros muros.
- Medo do Fracasso Amplificado: A sensação de que “esta é minha última chance” ou de que “não posso me dar ao luxo de errar na minha idade” pode aumentar a pressão e o medo de não corresponder às expectativas (próprias e dos outros).
- Percepção de Declínio Cognitivo: Embora o aprendizado seja possível em qualquer idade, é natural que algumas funções cognitivas, como a velocidade de processamento ou a memória de curto prazo, possam parecer menos ágeis do que aos 20 anos. Isso pode gerar frustração se não soubermos adaptar nossas técnicas de estudo.
- Cansaço e Menos Energia (Aparentemente): A rotina dupla ou tripla (trabalho, família, estudos) pode ser mais exaustiva quando já não temos o vigor físico da juventude.
- Impaciência com o Processo: Depois de uma certa idade, queremos resultados mais rápidos. A longa jornada dos concursos pode parecer ainda mais longa.
Desafios Externos (O Mundo ao Redor):
- Comentários Desanimadores (o “Sincericídio” Alheio): “Nossa, mas você vai começar a estudar AGORA?”, “Você não acha que está muito velho(a) para isso?”, “Isso é coisa para jovem desocupado”. Infelizmente, esses comentários vêm até de pessoas próximas.
- Responsabilidades Acumuladas: Filhos, casamento, contas a pagar, carreira estabelecida (ou não) que precisa ser mantida. O tempo para estudar é espremido entre mil outras obrigações.
- Preconceito Velado (Etarismo): Embora os editais não imponham limites de idade para a maioria dos cargos (salvo exceções específicas, como carreiras policiais ou militares com requisitos físicos), pode haver uma percepção no mercado ou até mesmo entre os próprios concurseiros de que há um “perfil ideal” mais jovem.
- Desatualização Tecnológica ou de Conteúdo: Se você está há muito tempo fora do ambiente de estudos formais, pode haver um estranhamento inicial com novas tecnologias educacionais ou com a vastidão do conteúdo a ser aprendido.
Lembro-me das histórias que a Cristiane Selem (do Estratégia Concursos) compartilhou sobre aprovados depois dos 40 e até dos 50 anos. Casos como o de Andreia da Silva Moura, que aos 51 anos, criando filhos sozinha e tendo estudado com livros do lixo, acumulou diversas aprovações. Ou de José Roberto Ferreira Machado, aprovado em três concursos aos 57 anos! Essas histórias eram como um farol para mim, mostrando que era possível. A questão era: COMO eles fizeram?
Mentores, Inspirações e a Virada de Chave (Encontrando a Força Interior e Exterior) ✨
A primeira grande virada na minha jornada foi parar de olhar para a idade como uma sentença e começar a encará-la como uma característica, com seus prós e contras, como qualquer outra. E, para isso, precisei de inspiração e de uma mudança radical de mentalidade.
- Buscando Exemplos Reais: Comecei a procurar ativamente por histórias de pessoas que foram aprovadas mais tarde na vida. O exemplo do juiz Ricardo Nohra, que passou aos 52 anos (citado por William Douglas), foi um soco no estômago da minha autocomiseração. Se ele pôde, com todas as suas dificuldades, por que não eu? As histórias dos aprovados do Estratégia com 40, 45, 51, 57 anos me mostraram que não era um caso isolado. Era um padrão de persistência!
- Consumindo Conteúdo Motivacional e Estratégico: Passei a seguir mentores e coaches para concursos que abordavam a questão da idade de forma positiva, que davam dicas de estudo para quem tem menos tempo ou que já não se sente com a “memória de elefante”.
- O Apoio dos Verdadeiros Amigos e da Família: Abri o jogo com as pessoas mais importantes da minha vida. Expliquei meu sonho, meus medos (inclusive o da idade). O apoio genuíno (e a paciência!) de alguns foi fundamental para calar as vozes da dúvida. Infelizmente, outros não entenderam, e precisei aprender a filtrar.
A virada de chave aconteceu quando percebi que a idade não era o problema, mas sim a minha percepção sobre ela e a falta de estratégias adequadas para a minha realidade.
A Travessia: Minhas Estratégias de Superação para Vencer a “Barreira” da Idade 🚀
Com a mentalidade ajustada, parti para a ação. Desenvolvi e apliquei um conjunto de estratégias que foram cruciais para minha aprovação. Quero compartilhar as principais com você:
1. Mindset de Campeão(ã) Maduro(a): Transformando “Desvantagens” em Trunfos 🧠
- Combate Ativo às Crenças Limitantes: Toda vez que a vozinha do “estou velho(a)” aparecia, eu a rebatia com fatos (exemplos de aprovados mais velhos) e com afirmações positivas (“Minha experiência de vida me dá mais foco”, “Aprendo de forma mais consolidada agora”).
- Foco nas Vantagens da Maturidade: Em vez de lamentar o que eu “não tinha mais”, comecei a valorizar o que eu “já tinha conquistado”:
- Disciplina e Resiliência: A vida já tinha me ensinado a ser disciplinado(a) e a levantar após as quedas. Isso é ouro para concursos!
- Foco e Menos Distrações (Relativamente): A “fase das baladas” talvez já tivesse passado. As prioridades estavam mais claras. Sabia o que queria e por quê.
- Experiência de Vida para Entender Contextos: Muitas matérias, especialmente as de Direito ou Humanas, fazem mais sentido quando você já tem uma bagagem de vida e experiências profissionais.
- Menor Imediatismo: A maturidade muitas vezes traz uma compreensão melhor de que grandes conquistas levam tempo. Isso ajuda a lidar com a longa jornada dos concursos.
- Capacidade de Gerenciar Melhor o Estresse e a Pressão: Já passei por poucas e boas na vida, né? Um edital ou uma prova, por mais importantes que sejam, podem ser encarados com mais serenidade (relativa, claro!).
- Celebrando Cada Pequena Vitória: Cada capítulo estudado, cada simulado com melhora, cada dia de disciplina cumprido era uma vitória a ser reconhecida. Isso alimenta a motivação.
2. Planejamento e Estratégia de Estudo “Tailor-Made” (Feito Sob Medida para Mim) 🗓️
Não adianta querer estudar como um jovem de 20 anos que só tem essa obrigação. Adaptei tudo à minha realidade:
- Metas Realistas e Flexíveis: Entendi que minha carga horária líquida talvez fosse menor, mas precisava ser de altíssima qualidade. Usei um ciclo de estudos que me permitia avançar mesmo com interrupções (trabalho, família).
- Qualidade Acima de Quantidade: Em vez de tentar ler 100 páginas por dia, focava em entender profundamente 30 páginas. Aprendizado ativo, com muitos grifos, anotações e, principalmente, resolução de questões desde o início.
- Revisões Estratégicas e Espaçadas: A memória pode precisar de um empurrãozinho extra. Intensifiquei as revisões programadas (24h, 7 dias, 30 dias) usando flashcards, mapas mentais e, crucialmente, refazendo questões erradas.
- Foco nos Meus Pontos Fortes (e Ataque aos Fracos): Usei minha experiência para identificar mais rapidamente as matérias com as quais tinha mais afinidade e avancei nelas para ganhar confiança. Para as difíceis, paciência e persistência, buscando materiais e professores com didática clara.
- “Concurso Escada” como Etapa (se necessário): Assim como William Douglas aconselhou, considerei a possibilidade de um “concurso escada” – um cargo de nível médio ou mais acessível para garantir uma estabilidade financeira e emocional enquanto continuava mirando o sonho maior. Isso tira uma pressão enorme das costas.
3. Cuidando da “Máquina” (Corpo e Mente em Sintonia) 🧘♂️🍎💤
Isso é crucial em qualquer idade, mas na maturidade, é inegociável:
- Sono Reparador: Não negociei minhas 7-8 horas de sono. É durante o sono que o aprendizado se consolida e o corpo se recupera.
- Alimentação Inteligente: Menos industrializados, mais comida de verdade. Alimentos que dão energia e ajudam na concentração (peixes, nozes, frutas, vegetais).
- Atividade Física Regular: Mesmo que uma caminhada diária. Oxigena o cérebro, melhora o humor, combate o estresse e ajuda no sono.
- Pausas Estratégicas e Lazer de Qualidade: Entendi que “não fazer nada” ou fazer algo que me desse prazer não era perda de tempo, mas sim investimento na minha produtividade e sanidade. (Textos de referência sobre vida social são importantes aqui).
- Gestão do Estresse: Meditação, mindfulness, hobbies, tempo com a natureza… Encontrei o que me ajudava a manter a calma nos momentos de pressão.
4. Resiliência, Persistência e a Arte de Não Desistir 🧗♀️
- Aceitar as Reprovações como Parte do Processo: Elas virão. E doem. Mas não podem ser o fim da linha. Cada reprovação foi uma aula sobre meus pontos fracos e sobre a banca.
- Celebrar o Progresso, Não Só o Resultado Final: Perceber que estava evoluindo, mesmo que a aprovação ainda não tivesse chegado, me manteve no jogo.
- Revisitar Meu “Porquê”: Nos dias de maior desânimo, eu me reconectava com o motivo pelo qual comecei. Visualizava a posse, a mudança de vida. Isso reacendia a chama.
- Uma Rede de Apoio Seleta: Foquei nas pessoas que realmente acreditavam em mim e me davam força. Afastei-me (emocionalmente) dos pessimistas de plantão.
Lembro que, para muitos que estão recomeçando os estudos depois de um tempo, a sensação de estar “velho(a)” pode vir acompanhada da dificuldade de retomar o ritmo. Para isso, um bom “Plano de Ação para Recomeçar os Estudos para Concurso“ pode ser fundamental, ajustando as expectativas e as técnicas à nova realidade. E, claro, manter a chama acesa é um desafio constante, por isso sempre busquei dicas de “Como Manter a Motivação Durante os Estudos para Concursos (Mesmo nos Dias Difíceis!)“.
A Prova Final: Chegando Lá, Apesar dos “Apesares” 🏆
O dia da prova decisiva chegou. E, sim, o nervosismo estava lá. Mas havia algo diferente: uma calma interior, uma confiança construída não na arrogância, mas na certeza de que eu tinha feito o meu melhor, com as ferramentas que tinha, na idade que tinha.
A posse? Ah, a posse… É um momento indescritível. Olhar para trás e ver toda a jornada, as noites em claro, os “nãos” que precisei dizer, as dúvidas que superei… e a tal “barreira da idade” esmigalhada pela persistência. Foi a prova viva de que o sonho não tem data de validade.
O Retorno com o Elixir: A Idade é Só um Detalhe Quando o Sonho é Gigante! mensaje
Se você está lendo isso e se sente “velho(a) demais para recomeçar” ou para encarar o desafio de um concurso público, quero que minha história (e a de tantos outros como o juiz Ricardo Nohra, a Andreia, o José Roberto…) sirva de combustível para você.
- Sua idade NÃO é um impedimento, é um diferencial. Use sua experiência, sua maturidade, sua disciplina e seu foco a seu favor.
- Adapte as estratégias à SUA realidade. Não tente se comparar ou seguir o ritmo de quem tem 20 anos e nenhuma outra responsabilidade. Crie seu próprio caminho.
- Cuide de você. Corpo e mente precisam estar saudáveis para essa maratona.
- NUNCA é tarde para aprender, para mudar, para sonhar e, principalmente, para REALIZAR.
- Acredite em você, mesmo que ninguém mais acredite (ou que a vozinha interna tente te derrubar).
A jornada pode ser mais longa, pode ter obstáculos diferentes, mas a linha de chegada está lá para TODOS que persistem com inteligência e estratégia, independentemente do número de velas no bolo de aniversário.
Então, se o serviço público é seu sonho, levante a cabeça, silencie a voz da dúvida etária, monte seu plano de ação e VÁ EM FRENTE! Prove para você mesmo(a) que NUNCA é tarde demais para ser servidor(a) e construir a vida que você deseja. Sua posse te espera! ✨
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