Trabalhando 8h Por Dia e Fazendo Faculdade Como Conquistei Minha Vaga no Tribunal em 1 Ano (Minha Rotina de Estudos ‘Impossível’)

Olá, concurseiro(a) que se desdobra em mil! 🤹 Se você está lendo isso, provavelmente se identificou de cara com o título. Trabalhar o dia todo, correr para a faculdade à noite (ou de manhã cedo), e ainda sonhar com uma vaga no serviço público parece uma daquelas missões de filme de ação, da categoria “quase impossível”, não é mesmo? Eu sei EXATAMENTE como é essa sensação. Por muito tempo, essa foi a minha realidade caótica.
Conciliar um emprego formal de 8 horas diárias, as aulas e trabalhos da faculdade, e a montanha de conteúdo de um concurso para Tribunal parecia loucura. Os dias eram uma correria insana, o cansaço era meu sobrenome e a culpa por não estar “rendendo o suficiente” em nenhuma das áreas era uma sombra constante. Muitas vezes, olhei para minha rotina e pensei: “Não vai dar. É humanamente impossível passar em um concurso desse nível, ainda mais para Tribunais, em apenas 1 ano, vivendo essa loucura.”
Mas, se você está aqui, é porque, assim como eu, uma chama de esperança e determinação ainda queima aí dentro. E eu estou aqui para te dizer, do fundo do meu coração de quem viveu essa “rotina impossível”: SIM, É POSSÍVEL! Não é fácil, não tem fórmula mágica, exige sacrifícios e uma organização quase militar, mas é factível. E eu vou te contar exatamente como transformei meu caos particular na minha maior vitória: a aprovação e nomeação em um concurso de Tribunal em pouco mais de 1 ano, mesmo com todas essas outras demandas.
Este não é um conto de fadas, mas a história real de uma estratégia de guerra contra o tempo e o cansaço, recheada de técnicas que você também pode aplicar. Preparado(a) para descobrir como sobrevivi e venci essa jornada? Então, pegue seu café (ou energético!) e vem comigo! 🚀
🤯 O Ponto de Partida: A Realidade Caótica da Tripla Jornada (Trabalho, Faculdade, Sonho do Concurso)
Quando decidi que queria a estabilidade e a realização profissional de um cargo em Tribunal, minha vida já era uma loucura. Saía cedo para o trabalho, enfrentava trânsito, cumpria minhas 8 horas (muitas vezes mais) e ia direto para a faculdade, chegando em casa exausto(a) perto da meia-noite. Nos fins de semana, trabalhos da faculdade, um pouco de vida social (quase nada) e a tentativa de colocar a casa em ordem. Onde diabos eu enfiaria horas de estudo para um concurso de alto nível?
A primeira reação foi o desespero. “Como vou competir com quem tem o dia todo para estudar?”, “Minha base da escola já não é tão forte”, “Vou levar uma década para passar!”. Esses pensamentos são normais e, se você não os gerencia, eles te paralisam.
A verdade é que ser concurseiro já é um trabalho de tempo integral em termos de dedicação e foco. Mas nem todo mundo pode se dar ao luxo de se dedicar exclusivamente aos estudos. Trabalho, universidade, tarefas em casa, compromissos inadiáveis… tudo isso faz parte da realidade da maioria. A questão não é esperar pelo momento perfeito (ele nunca chega!), mas criar as condições possíveis dentro do cenário existente. O melhor momento para começar é AGORA, com as armas que você tem.
🗺️ Passo 1 na Minha História: O Choque de Realidade e o Planejamento de Guerra (Não Há Espaço para Amadorismo!)
Depois de algumas semanas tentando “encaixar” os estudos de forma aleatória e vendo que não rendia quase nada, percebi que precisava de uma abordagem radicalmente diferente. Não dava para ser amador(a). Era guerra, e eu precisava de um plano de batalha.
- Visualizando a Rotina OBJETIVAMENTE: A primeira coisa que fiz foi pegar um papel e desenhar minha semana, hora a hora, como uma grade escolar. Coloquei todas as minhas atividades fixas e inflexíveis: horário de trabalho (incluindo deslocamento), aulas da faculdade (incluindo deslocamento), horários de refeições essenciais e um mínimo de 6-7 horas de sono (sim, isso era inegociável para mim, mesmo que doesse cortar de outros lugares).
- Entendendo Meu “Momento Concurseiro”: Eu era um concurseiro iniciante para a área de Tribunais, embora já tivesse alguma bagagem da faculdade em Direito (o que ajudou). Minha meta era ousada: 1 ano. Isso significava que eu não tinha tempo a perder com estratégias erradas.
- Adequando Recomendações à MINHA Realidade: Muitas dicas que eu lia falavam em 4-6 horas líquidas de estudo no pós-edital, ou estudar pela manhã (pico de concentração). Para mim, estudar de manhã antes do trabalho era impossível sem sacrificar o sono vital. E 4-6 horas líquidas seguidas? Uma piada na minha rotina. Percebi que um plano só é bom se for possível dentro da sua realidade.
- A Escolha do Foco ABSOLUTO: Decidi focar 100% em concursos para a área de Tribunais (Analista Judiciário – Área Judiciária). Nada de atirar para outros lados. Isso me permitiu concentrar os estudos em um grupo de matérias mais coeso. Peguei o edital anterior do TJ que eu mais almejava e ele se tornou minha “bíblia”.
Com esse “mapa da mina” da minha rotina e do meu foco, comecei a caçar os minutos.
⏳ Passo 2 na Minha História: Virando um(a) “Caçador(a) de Minutos” – A Arte de Estudar nas “Horas Coringa” e Otimizar o Pouco Tempo Livre
Se eu não tinha grandes blocos de tempo, teria que aproveitar as migalhas. E foi o que fiz. As “horas coringa” se tornaram meu trunfo.
- Madrugadas Seletivas: Eu não sou uma pessoa naturalmente matutina, mas percebi que acordar 1 hora mais cedo alguns dias da semana (não todos, para não quebrar) me dava um tempo de silêncio e foco absoluto antes da loucura do dia começar. Era 1 hora de ouro.
- Hora do Almoço Produtiva: Em vez de socializar todos os dias no almoço do trabalho, eu comia rapidamente em 20 minutos e usava os 30-40 minutos restantes para uma leitura rápida da lei seca, revisão de flashcards ou algumas questões no celular.
- Transporte Público como Sala de Aula: Meu trajeto para o trabalho e para a faculdade virou meu cursinho particular. Fones de ouvido e:
- Audioaulas de matérias que eu tinha mais facilidade ou que eram mais expositivas.
- Revisão de flashcards em aplicativos como Anki.
- Leitura de PDFs mais leves no celular/tablet.
- Intervalos Entre Aulas na Faculdade: Aqueles 10-15 minutos entre uma aula e outra? Eram suficientes para reler anotações ou resolver 2-3 questões.
- “Matando” Lazer Passivo: Aquela horinha de TV à noite antes de dormir? Virou revisão. Fim de semana com muitas horas de redes sociais? Reduzido drasticamente.
- A Importância do “Tempo Bônus”: Essas horas coringa não entravam no meu cálculo de “horas líquidas” principais, mas sim como um tempo bônus. Isso tirava a pressão de “ter que render” nesses momentos, mas qualquer avanço ali era lucro. E, somados, esses minutos faziam uma diferença brutal no final da semana.
🎯 Passo 3 na Minha História: Estudo de Guerrilha – Qualidade Radical Acima de Quantidade Ilusória
Com pouco tempo, cada minuto de estudo precisava ser absurdamente eficiente. Não dava para “viajar” na teoria ou me perder em materiais prolixos.
- Priorização Implacável de Matérias: Foquei nas disciplinas com maior peso e maior número de questões nos editais de Tribunal para Analista: Português, Direito Constitucional, Direito Administrativo, Processo Civil e Processo Penal. As outras (Civil, Penal, etc.) vinham depois, com um pouco menos de carga horária inicial.
- Materiais Enxutos e Direcionados:
- PDFs como Base: Optei por PDFs de cursinhos renomados, mas focava nos capítulos essenciais e pulava (ou lia muito rapidamente) partes muito introdutórias ou aprofundamentos excessivos que não eram o perfil da minha banca (geralmente FCC ou Vunesp para os TJ que eu mirava).
- Videoaulas em Velocidade 1.75x ou 2x: Só para matérias que eu tinha MUITA dificuldade ou para revisões gerais rápidas. E sempre aceleradas!
- Lei Seca TODOS OS DIAS: Fundamental para Tribunais. Leitura e releitura dos artigos mais cobrados.
- Estudo Reverso Quando Necessário: Para alguns tópicos menores ou que eu tinha uma vaga noção da faculdade, eu ia direto para as questões da banca. Errava quase tudo no começo, mas entendia o que era cobrado e voltava na teoria do PDF só para sanar aquela dúvida específica. Economizava um tempo precioso.
- Foco Absoluto em Questões da Banca: Desde o início, mesmo sabendo pouco, eu fazia questões. Isso me mostrava o caminho das pedras. O objetivo não era acertar no começo, mas entender o estilo da banca e o que era mais importante.
- Revisões Ultra-Eficientes: Nada de reler tudo. Meus materiais de revisão eram:
- Grifos estratégicos nos PDFs.
- Flashcards (Anki) para decorebas (prazos, conceitos-chave).
- Mapas mentais que eu mesmo desenhava (mesmo que feios!) para os tópicos mais complexos.
- Principalmente: meu caderno de erros (onde eu anotava o porquê de cada erro nas questões).
Se você também tem pouco tempo, é crucial adotar estratégias que maximizem cada minuto. Nosso artigo “Estratégias de Estudo para Quem Tem Pouco Tempo“ pode te dar ainda mais ideias para essa otimização.
💪 Passo 4 na Minha História: A Rede de Apoio e as Renúncias Necessárias (Não Dá Para Fazer Sozinho, Nem Sem Sacrifício!)
Essa jornada não é só sobre técnica de estudo; é sobre conseguir o suporte (ou a compreensão) das pessoas ao seu redor e estar disposto a fazer sacrifícios.
- A Conversa Franca (e Difícil): Tive conversas muito honestas com minha família e meu/minha parceiro(a). Expliquei o tamanho do meu sonho, o que significaria a aprovação, e o quanto eu precisaria do apoio e da paciência deles naquele período. Negociei divisão de tarefas domésticas, pedi compreensão pela minha ausência em alguns eventos sociais.
- Filtrando Amizades e Compromissos: Alguns amigos não entendiam, achavam que era exagero. Precisei me afastar um pouco de quem não somava ou quem só me chamava para programas que me tirariam completamente do foco. Por outro lado, os amigos de verdade entenderam e me deram força.
- As Renúncias que Doem, Mas Fortalecem: Sim, tive que abrir mão de muita coisa: happy hours, viagens de fim de semana, maratonar séries, hobbies que demandavam muito tempo. Cada “não” para um convite era um “sim” para o meu sonho. Não foi fácil, mas eu sabia que era temporário.
- A “Não Renúncia” Essencial: O que eu NÃO abri mão (ou tentei ao máximo não abrir) foi do mínimo de sono (6-7 horas), de uma alimentação minimamente decente e de pequenos momentos de “descompressão” (uma caminhada curta, ouvir música, 15 minutos de um hobby rápido). Lutar contra o biológico é a pior estratégia.
🧠 Passo 5 na Minha História: Blindagem Mental e Física (Sobrevivendo à Pressão Sem Surtar)
A pressão de conciliar tudo e ainda ter que render nos estudos é brutal. Cuidar da mente e do corpo não era luxo, era necessidade de sobrevivência.
- Momentos de Quase Desistência: Claro que eles vieram! Vários. Nesses dias, eu relia meu “porquê”, olhava meu mural dos sonhos (sim, eu fiz um!), e lembrava que cada dia difícil superado era uma vitória.
- Lidando com o Cansaço Extremo: Havia dias em que eu simplesmente não conseguia estudar depois do trabalho e da faculdade. Em vez de me chicotear, eu me permitia descansar um pouco mais cedo e tentava compensar com 15-30 minutos a mais na “hora coringa” seguinte. Ou, se estava muito mal, simplesmente aceitava que aquele dia não ia rolar e focava em descansar para o dia seguinte.
- Combatendo a Culpa: A culpa por não estar com a família, por “negligenciar” a faculdade (às vezes estudava para concurso na aula menos importante, confesso!), por não ser um amigo presente… ela era constante. O que me ajudava era pensar que o sacrifício era temporário e por um bem maior para todos a longo prazo.
- Pequenas Válvulas de Escape: Uma música alta no fone de ouvido no ônibus, 5 minutos olhando a paisagem, um episódio curto de uma série leve antes de dormir (só um!), uma conversa rápida com alguém querido. Esses “respiros” eram fundamentais.
- Manter a motivação em alta numa rotina dessas é um desafio diário. Se você também luta contra o desânimo, o artigo “Como Manter a Motivação Durante os Estudos para Concurso“ tem dicas que me ajudaram muito.
🔥 A Reta Final em “Modo Impossível”: Intensificação Máxima nos Últimos Meses
Quando o edital do meu concurso alvo finalmente saiu, eu já tinha uma base razoável construída nesse ritmo “impossível”. Mas o pós-edital exigiu uma intensificação ainda maior.
- Revisão Massiva: Meu foco virou 80% revisão do que eu já tinha visto e 20% para cobrir alguma lacuna MUITO importante do edital.
- Questões da Banca até Sonhar com Elas: Resolvi todas as questões que encontrei da minha banca para cargos similares.
- Simulados Espremidos: Nos fins de semana, eu fazia simulados cronometrados, mesmo que isso significasse sacrificar o pouco lazer que ainda tinha.
- Otimização do Sono (Dentro do Possível): Tentei ao máximo não virar noites, pois sabia que isso prejudicaria a retenção na semana da prova.
Foi um período de guerra total, mas a base construída ao longo dos meses anteriores, mesmo que de forma “picada”, fez toda a diferença.
✨ A “Virada de Jogo”: O Que Realmente Fez a Diferença na Minha Aprovação em 1 Ano?
Olhando para trás, alguns fatores foram absolutamente decisivos para essa “virada de jogo” em um cenário tão adverso:
- Foco ABSOLUTO em UMA Área/Tipo de Concurso: Não atirar para todo lado economizou minha energia e permitiu construir profundidade nas matérias certas.
- Exploração Radical das “Horas Coringa”: Transformar tempo “perdido” (transporte, esperas) em estudo produtivo foi o que me deu o volume de horas necessário.
- Qualidade de Estudo nos Micro-Momentos: Não adiantava só “estar” com o material nesses pequenos intervalos. Era foco total, estudo ativo, mesmo que por 15 minutos.
- Disciplina Férrea e Consistência INABALÁVEL: Mesmo cansado(a), mesmo desmotivado(a), eu cumpria o mínimo que tinha me proposto para aquele dia. “Um é mais que zero”, como dizem.
- Rede de Apoio (Mesmo que Pequena) e “Não” Estratégicos: Ter a compreensão da minha família foi vital. E aprender a dizer “não” para o que me desviava do foco foi libertador.
- Resiliência Mental: Aceitar que seria difícil, que haveria falhas, mas que eu não desistiria.
🏁 Conclusão: Sua Rotina “Impossível” Pode Gerar uma Aprovação Incrível!
Se você está aí, jonglando trabalho, faculdade e o sonho do concurso, achando que sua rotina é “impossível” demais para a aprovação, espero que minha história tenha te mostrado uma luz. Não foi fácil, exigiu sacrifícios que doeram, e houve momentos em que pensei que não conseguiria. Mas com uma estratégia clara, uma disciplina quase obsessiva e uma capacidade de encontrar e otimizar cada mísero minuto do meu dia, a aprovação no Tribunal em pouco mais de 1 ano se tornou realidade.
Não estou dizendo que será igual para você – cada jornada é única. Mas estou dizendo que é POSSÍVEL. O segredo não está em ter o dia todo livre, mas em usar o tempo que você TEM da forma mais inteligente e intensa possível. É sobre transformar seus “contras” em combustível.
Você, que enfrenta a tripla jornada, já é um(a) herói/heroína por sequer tentar. Acredite na sua força, na sua capacidade de adaptação e no poder de um plano bem executado. A sua “rotina impossível” pode ser o palco da sua maior conquista.
Pegue essas dicas, adapte à sua realidade, e comece HOJE a construir sua própria história de superação. A vaga no serviço público te espera!
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